Armando Carlos Roos, ex-prefeito de Não-Me-Toque, cidade localizada no Norte do Estado, morreu na manhã desta segunda-feira (28) por complicações causadas pelo novo coronavírus. Ele tinha 76 anos e histórico de problemas pulmonares.
A prefeitura da cidade publicou uma nota de pesar e declarou luto oficial de três dias.
Roos foi vereador e prefeito do município. Em agosto de 2018, ele teve o mandato de prefeito cassado pela Câmara de Vereadores depois de servidoras denunciarem casos de assédio sexual.
O Ministério Público denunciou Roos pelos crimes de assédio sexual, importunação ofensiva, abuso de autoridade e perturbação do sossego. O promotor responsável pela denúncia pediu o afastamento do chefe do executivo municipal, o que foi atendido pela Justiça.
Confira a nota da prefeitura de Não-Me-Toque na íntegra:
"A Administração Municipal com profundo pesar comunica o falecimento do ex-prefeito Armando Carlos Roos e Declara luto oficial durante três dias em homenagem a sua memória.
Filho de Elvira e Theobaldo Roos, nasceu em 25 de abril de 1944, e em Arroio Bonito – Não-Me-Toque, então distrito de Carazinho (RS), caçula entre sete irmãos, Selma (in memorian), Erni Orlando, Alfredo Alzírio (in memorian), Ria, Diva e Lori.
Aprendeu a escrever na pequena escola de Arroio Bonito, onde todas as séries eram atendidas pelo mesmo professor. Ainda criança, foi levado para estudar na cidade, como interno da Escola Sinodal Sete de Setembro. Depois cursou o ginasial e o Técnico Contábil no Instituto Estadual Solano, na época instituição privada da ordem religiosa Franciscanos.
Foi jogador do Esporte Clube Gaúcho, junto com amigos, ajudou a fazer a terraplenagem do campo do Colorado, hoje Estádio Municipal, clube que foi presidente e, como gestor municipal, negociou o contrato de comodato para que o local pudesse receber investimentos de recursos públicos.
Como prefeito, garantiu que a área do Solano, doada pela Associação Cultural Campo Real, permanecesse com o município e o Estado construísse uma nova escola.
Aos 19 anos de idade, iniciou a vida na cidade trabalhando como motorista de caminhão na empresa do irmão Alzirio Rosso e do cunhado Arzeno Krüger. Aos 20 anos foi convidado a ser sócio da empresa e, com 20 anos, FOI designado diretor comercial. Quando deixou a sociedade, em 1984, fundou sua própria empresa, a Agrícolas Três Fronteiras Ltda.
Casou-se como Marisa Schmitt no ano de 1969, e são pais de Denise e Eloíse. Ficou viúvo no ano de 2008.
Além, das filhas, deixa enlutados as três netinhas, Mariana Roos Martins, Eduarda Roos Martins e Ana Júlia Roos, os genros Marco e Alan Martins. Também a companheira, Maria Cristina Bohn Zanoni, e o enteado Matheus."