A Polícia Civil conclue nesta sexta-feira (11/07), a instrução do procedimento que investiga o ataque ocorrido na Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, em Estação, no norte do Rio Grande do Sul. O caso será encaminhado ao Ministério Público, conforme informou o delegado regional José Roberto Lukaszewigz.
O atentado, registrado na manhã de terça-feira (8/07), resultou na morte de um menino de nove anos e deixou outros três feridos, sendo duas crianças e uma professora. O responsável pelo ato, um adolescente de 16 anos, está internado de forma provisória em uma unidade de atendimento socioeducativo desde o mesmo dia, por determinação judicial. A medida tem duração inicial de 45 dias.
Apesar do encerramento da etapa policial, algumas diligências seguem em andamento. Estão pendentes, segundo o delegado, a análise dos celulares apreendidos, incluindo o do adolescente e dos pais dele; e o laudo da perícia realizada no local. Os aparelhos estão sendo avaliados pelo setor de informática da Polícia Civil em Porto Alegre. Além disso, uma eventual avaliação psiquiátrica poderá ser solicitada na fase judicial, tanto pelo MP quanto pela defesa.
Durante os depoimentos, a mãe do jovem relatou que ele fazia acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano e que havia sido atendido por um profissional no dia anterior ao ataque. Conforme ela, o filho apresentava sinais de ansiedade que se intensificaram nos últimos meses.
Ações de acolhimento e segurança nas escolas
Após o episódio, a prefeitura de Estação anunciou medidas emergenciais. A partir da próxima segunda-feira (14/07), a Brigada Militar passará a atuar com policiamento dentro das instituições de ensino do município. Já o Ministério da Educação enviou equipes para auxiliar na retomada das atividades escolares e prestar apoio emocional à comunidade.
A força-tarefa é composta por quatro especialistas do Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares. A primeira profissional, uma psicóloga, chegou à cidade na quinta-feira (10) e iniciou os atendimentos ainda à noite. Os demais integrantes da equipe devem se somar ao trabalho até o fim de semana.
O grupo tem como missão promover acolhimento psicossocial, elaborar ações preventivas e colaborar na reorganização das escolas impactadas por situações de violência grave.
Com informações de: GZH / Imagem: Polícia Civil RS