Proprietários de imóveis e áreas de lazer próximos ao alagado da Barragem do Capingui, nos municípios de Passo Fundo, Mato Castelhano e Marau, estão recebendo notificações extrajudiciais da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), exigindo a desocupação do local em até 30 dias. A empresa alega posse legítima da área, baseada em decretos de desapropriação datados de 1944, 1952 e 1961.
As notificações determinam não apenas a retirada dos ocupantes, mas também a demolição de construções, descarte correto de resíduos e recuperação da vegetação original, conforme Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) aprovado por órgão ambiental competente. Caso as ordens não sejam cumpridas no prazo estipulado, a CEEE-G afirma que tomará medidas judiciais para retomar a posse.
A medida gerou preocupação entre proprietários, incluindo moradores fixos e frequentadores do Clube Náutico Capinguí, que há décadas utiliza a área para atividades recreativas. Segundo o presidente do clube, Clademir Poletto, a entidade ainda não foi notificada oficialmente, mas confirma que representantes da CEEE estão entregando os avisos no local. Para ele, a titularidade da área ainda é “discutível”.
As notificações têm timbre da CSN – CEEE, refletindo a atual gestão da CEEE-G pela Companhia Siderúrgica Nacional.
(Com informações: Jornal O Nacional / Foto: Ilustrativa Clube Náutico Capingui)
Autor: Departamento de Jornalismo/Vang FM
