Durante a coletiva, o governador confirmou que o edital do Bloco 2 será publicado até a primeira semana de novembro. O projeto passou pelo período de consulta e audiências públicas e pela análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS).
O investimento total previsto é de R$ 6 bilhões, com R$ 1,5 bilhão de aporte do governo estadual, via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Nos primeiros dez anos da concessão, estão projetados R$ 4,6 bilhões em obras e melhorias.
Entre as principais alterações após as análises técnicas e audiências públicas, estão a definição do critério de menor valor de tarifa de pedágio, medida que busca maximizar o benefício ao usuário, e a redução do custo por quilômetro, que passou de R$ 0,23 para R$ 0,19.
Ao todo, 409 quilômetros de extensão integram o Bloco 2, abrangendo trechos das rodovias ERS-128, ERS-129, ERS-130, ERS-135, ERS-324 e RSC-453. O projeto prevê 182 quilômetros de duplicações, 71,5 quilômetros de terceiras faixas, 745 quilômetros de acostamentos e 37 passarelas para pedestres, além de obras de segurança e melhoria da drenagem.
O sistema de pedágio será o free flow, com pórticos eletrônicos sem cancela, com cobrança proporcional à distância percorrida. O bloco abrange 32 municípios, que representam 17,5% da população do Rio Grande do Sul.
O leilão está previsto para março de 2026, e a assinatura do contrato deverá ocorrer em agosto do mesmo ano.
Mudança na administração das estradas
Com a concessão dos Blocos 1 e 2, as rodovias atualmente sob gestão da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) passarão à administração dos consórcios vencedores dos leilões. A EGR deixará, portanto, de operar nesses trechos após a assinatura dos contratos.