Um levantamento divulgado pela Secretaria de Finanças de Marau revela o panorama atual da distribuição de empresas e geração de empregos no município. Os dados apontam para a força do setor de serviços em número de estabelecimentos, e da indústria como principal geradora de empregos formais.
Atualmente, Marau conta com 6.010 empresas ativas. Desse total, o setor de serviços lidera com 3.124 estabelecimentos, seguido pelo comércio (1.197), construção civil (923), indústria (718) e agropecuária (48). As informações foram apresentadas nesta quinta-feira (2) durante o programa Espaço Plural, com a participação do secretário de Inovação, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Carlos Tonial, e da secretária de Finanças, Thaís Lodi Zilli.
Segundo Tonial, apesar do crescimento no número de empresas e da formalização, o município enfrenta o desafio recorrente da falta de mão de obra. “No momento em que a gente olha as plataformas do Observatório Econômico, os dados do IBGE e do CAGED, chegamos à conclusão que existe dificuldade de encontrar pessoas para trabalhar”, afirmou o secretário.
No cenário estadual, Marau alcançou a 34ª posição no saldo de empregos entre todos os municípios do Rio Grande do Sul, de acordo com a última atualização do Novo CAGED, divulgada em 29 de agosto de 2025. “Cabe à gestão definir, a partir destes dados, em que áreas há necessidade de maiores investimentos, e o que precisa ser ponderado em cada setor”, destacou a secretária.
A prefeitura tem buscado alternativas para suprir a carência de mão de obra em setores específicos. Cursos de qualificação para profissões como costureiras, marceneiros e projetistas têm sido oferecidos, mas nem sempre com adesão satisfatória. “Temos dificuldade em candidatos para fazerem estes cursos, talvez por não gostarem destes trabalhos, estarem felizes nos empregos onde estão, e também por escassez de pessoas, mas a demanda existe”, observou Tonial.
Outro ponto relevante é a presença cada vez maior de trabalhadores estrangeiros no mercado local. Segundo o secretário, mais de um terço dos novos empregos gerados em 2025 foram ocupados por estrangeiros, o que corresponde a uma parcela significativa do saldo de mais de 1.600 postos de trabalho criados no ano. “Olhando para estes dados, teríamos uma dificuldade bem maior se não tivéssemos a disponibilidade dessas pessoas que vêm de fora”, ponderou.
Quando o foco é a geração de empregos, a indústria aparece como o setor mais relevante, respondendo por 45% das vagas formais. Em seguida vêm os serviços (30%), o comércio (15%), a construção civil (7%) e a agropecuária (3%).
Thaís Zilli reforça a importância de acompanhar os dados para planejar o futuro do desenvolvimento local. “É muito importante discutirmos sobre esses dados que estão sempre em evolução. Até alguns anos atrás se atentava muito para a mão de obra, agora entra a inovação, a automação, a inteligência artificial, e tudo precisa ir se ajustando e se moldando às demandas dos novos tempos”, concluiu.
A entrevista completa pode ser acessada no canal da Vang FM no Youtube.
Autor: Departamento de Jornalismo/Vang FM