Na noite de 17 de setembro será realizada, no CTG Sentinelas do Pago, a sessão solene comemorativa aos Festejos Farroupilhas 2025 de Marau, que tem como tema o centenário de Darcy Fagundes e os 70 anos do Grande Rodeio Coringa. Tradicionalmente, nesta solenidade o Poder Legislativo realiza a entrega do Troféu Mérito Farroupilha a três tradicionalistas marauenses, como forma de reconhecimento pela sua atuação na preservação e valorização da cultura e do movimento gaúcho no município.
Neste ano, os agraciados com a honraria serão Diego Pilatti, indicação da bancada do Progressistas; Maria Geci La Maison, indicação da bancada do MDB; e Matilde Poletto Rizzardo, indicação da bancada do PL. A solenidade terá início às 19h30, logo após a Missa Crioula, e a comunidade pode acompanhar através de transmissão pelo facebook.com/cvmarau.
Sobre os homenageados
Diego Pilatti traz em sua trajetória o amor pelo tradicionalismo, herança cultivada desde o avô estancieiro e do pai, Getúlio Pilatti, sempre ligados ao campo, ao cavalo e às cavalgadas. Desde a infância, esteve inserido no CTG Sentinelas do Pago, onde seus pais exerceram a função de patrões. Cresceu vivenciando as tradições: dormindo em pelego nos bailes, acompanhando as irmãs como prendas, o irmão como professor de invernadas e de dança de salão, e participando ativamente da Invernada Mirim e Juvenil. Ao longo dos anos, destacou-se na área artística, atuando como intérprete vocal em rodeios, missas crioulas, festivais e gravações. Na área campeira, esteve presente na organização e condução de cavalgadas, sempre participando da busca da Chama Crioula e de eventos regionais. Foi comandante e coordenador de cavalgadas em diferentes entidades, além de idealizador da Tertúlia, encontro cultural que integrou os festejos farroupilhas de Marau. Seu engajamento e dedicação renderam reconhecimentos expressivos, como a escolha para Patrono da Semana Farroupilha em 2021 e 2022. Além disso, compartilha seu conhecimento ministrando palestras em escolas da região, tratando sobre tradição, indumentária gaúcha e respeito às pilchas. Dedica-se também a transmitir esses valores ao filho, Matheus Henrique, incentivando-o a crescer em contato com a essência do tradicionalismo gaúcho.
Maria Geci La Maison nasceu em 28 de setembro de 1938, na localidade de São João do Lamaison, interior de Marau. É filha do Capitão João La Maison e de Elvira Fontanini La Maison, e cresceu ao lado dos irmãos Antônio Manoel, João Carlos, Olmiro e Deusdetes. Posteriormente, a família estabeleceu residência em Marau, onde nasceu a irmã caçula, Geni, com quem mantém estreita ligação, juntamente com o cunhado Derli. Realizou seus estudos no Colégio Cristo Rei e na Escola Charruas. Em 1958, ano em que seu pai fundou o CTG Felipe Portinho, Maria Geci passou a integrar a invernada artística da entidade. Em 1963, foi eleita 1ª Prenda do C TG, participando, no mesmo período, de uma comitiva que esteve presente em fandango promovido pelo CTG Sinuelo, em Piratini. Atualmente, aos 87 anos, permanece atuante no CTG Felipe Portinho, participando das atividades e contribuindo de forma especial na confecção da bandeira oficial da entidade, além de bordar emblemas em toalhas, panos de prato e aventais utilizados nas atividades culturais e gastronômicas do centro de tradições.
Matilde Poletto Rizzardo, natural de Marau, nasceu em 08 de março de 1950. Há 53 anos é casada com Volmir Rizzardo, com quem construiu uma família. Dessa história nasceram os filhos Sinara, Fábio e Milene, que se somaram aos genros, à nora e aos netos. Seu amor à cultura gaúcha ultrapassou gerações, motivando seus filhos e netos a seguirem os passos dentro da entidade, perpetuando o legado de envolvimento, respeito e valorização dos costumes do Rio Grande. Sua trajetória junto ao movimento tradicionalista iniciou por volta de 1970, logo após a fundação do CTG Sentinelas do Pago. Desde então, sua presença tornou-se referência dentro da entidade. Ao lado do esposo, exerceu por duas vezes a função de Patroa, além de atuar como Coordenadora Artística e em inúmeros departamentos. Mesmo quando não estava à frente da patronagem, Matilde jamais deixou de colaborar, participando ativamente da organização de jantares, eventos e oficinas, ajudando em desfiles, gincanas, comemorações e nos concursos de prendas.
Autor: Departamento de Jornalismo/Vang FM