Principal 10/12/2025

Brigada Militar registra caso de maus-tratos a um cachorro

Animal era mantido amarrado e sem cuidados, mesmo depois de ter sido atropelado


A Brigada Militar de Marau atendeu, na noite de 18 de novembro, uma ocorrência de maus-tratos a animais, após denúncias de moradores da Rua Miguel Ângelo Pegoretti, Vila Fátima, de que um filhote de cachorro estaria sofrendo após ter sido atropelado no início da tarde. A guarnição foi acionada por uma ONG de proteção animal por volta das 22h45, e compareceu ao endereço acompanhado de uma veterinária.

Ao chegarem ao local, os policiais foram inicialmente informados pela moradora de que não havia cachorro na residência. Com base na denúncia, a guarnição realizou averiguações nos fundos do imóvel, onde encontrou um filhote, macho, de porte grande, posteriormente identificado pelo nome de Cookie, preso por uma corda curta, sem abrigo, sem condições de se movimentar e chorando de dor. O recipiente de água disponível estava sujo e o animal permanecia exposto à terra fria, sem qualquer proteção.

Conforme o relatório veterinário, o animal havia sido atropelado por volta das 16h, permanecendo por mais de seis horas sem atendimento médico ou medida de alívio da dor. Apresentava edema, claudicação e forte sensibilidade no membro torácico esquerdo, quadro compatível com lesões traumáticas decorrentes do atropelamento. A tutora, uma mulher de 31 anos, relatou à equipe que nada havia sido feito após o acidente, limitando-se a amarrar o filhote para que não saísse mais.

A veterinária procedeu ao resgate do animal, que recebeu atendimento clínico, medicação para dor e anti-inflamatórios. Após exames e tratamento, o filhote encontra-se sob os cuidados da ONG e está disponível para adoção responsável.

A tutora irá responder pelo crime de maus-tratos, previsto no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), cuja pena para casos envolvendo cães e gatos é de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda. A legislação também prevê punição para quem abandona animais, assim como para motoristas que atropelam e deixam de prestar socorro.

A Brigada Militar ressalta que tutores têm responsabilidade legal sobre seus animais, sendo obrigados a: não permitir que circulem soltos, evitando riscos de acidentes e agressões; providenciar atendimento veterinário imediato em casos de doença, ferimentos ou atropelamentos; garantir condições adequadas de abrigo, água limpa, alimentação e bem-estar, conforme exige a legislação.

Em casos suspeitos de maus-tratos, a orientação é acionar imediatamente a Brigada Militar pelo 190 ou a ONG de proteção animal local.

Autor: Departamento de Jornalismo/Vang FM

Link da notícia: https://www.vangfm.com.br/noticia/brigada-militar-registra-caso-de-maus-tratos-a-um-cachorro/44227
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