A situação do comércio ambulante de imigrantes em Marau, tem sido assunto de polêmica no município. Na semana que passou comerciantes senegaleses já estabelecidos em Marau, foram notificados pela Prefeitura Municipal, e orientados a deixarem seus pontos de venda no prazo de 48 horas.
Na manhã desta sexta-feira (24), a reportagem da Vang recebeu no estúdio os imigrantes senegaleses Amadou Bamba Baye e Mohamed Ndiaye, ambos comerciantes em Marau. Eles explicam que o prazo de 48 horas para deixarem os pontos é insuficiente e gostariam de um prazo maior para poderem se reorganizar. “ Somos seres humanos, temos contas a pagar, família e não podemos ser impedidos de trabalhar em nossos pontos, onde sempre estivemos sem gerar nenhum problema à comunidade”, explicam.
A decisão foi tomada após ofício emitido pela Promotoria de Justiça à Procuradoria do município. Segundo explica a Chefe da Procuradoria Jurídica da Prefeitura, Priscilla Christina Franco, a notificação aos comerciantes ocorreu, a partir do ofício do Ministério Público, sob justificativa de que os imigrantes não seguem normas do comércio itinerante, pois estão estabelecidos em pontos fixos da cidade. “ Essa medida não é vedação ao comércio ambulante, mas eles estão em pontos fixos do comércio, o que é irregular. No entanto somos sensíveis à causa, estamos abertos ao diálogo e há a sinalização para que num futuro se possa discutir sobre a possibilidade de um local específico para que os mesmos possam se estabelecer. Mas isso requer estudo, análises, legislação, e não é um processo imediato”, explica.
Autor: Departamento de Jornalismo/Vang FM
