Corsan inicia obras de esgotamento em Marau

Trabalhos começam na área norte da cidade

O Gestor de Relações Institucionais da Corsan - Regional Planalto, Aldomir Santi, detalhou em entrevista ao Programa Espaço Plural, nesta quinta-feira (30/10), o início das obras do Sistema de Esgotamento Sanitário de Marau. Atendendo o Marco Legal do Saneamento Básico que prevê investimento em saneamento nas cidades brasileiras, as obras começam a ser executada no município de Marau. Segundo Santi, a concessionária deve aplicar mais de R$ 100 milhões na construção de redes, sistema de bombeamento e estação de tratamento. Para isso, várias etapa estão sendo seguidas, como; discussão com a gestão pública, elaboração de projeto, esclarecimentos com a comunidade e início das obras.  Ele observou que são trabalhos complexos com aberturas de valas em ruas o que deve provocar transtornos temporários.

O Gestor explicou que os trabalhos estão iniciando nos bairros São José Operário e Frei Adelar, com demarcações técnicas e que na próxima semana, equipe de operários e maquinários deve iniciar a colocação da tubulação nos dois bairros. A escolha dos locais foi motivada pela existência de Estação de Tratamento de Esgoto no bairro Vila Bela localizada nas proximidades. Ele ressaltou que neste momento, os trabalhos serão de construção e testagem das redes, assim de definição com os moradores do ponto de ligação. Porém, a ação de ligação por parte dos moradores deve ocorrer somente após notificação por escrito que será enviado a cada imóvel. Veja abaixo pontos de maiores dúvidas:

Infraestrutura e aspectos técnicos

1. Conexão e Ramais

• Será instalado um ramal de esgoto para cada entrada de água (ramal de água) no imóvel, definindo o ponto de ligação para o morador.

2. Soluções para Imóveis Específicos

• Imóveis abaixo do nível da rua (Soleira Negativa): A Corsan não notificará imediatamente esses moradores. A empresa estuda soluções técnicas com a agência reguladora, como a instalação de um sistema com recipiente e bomba (recalque) para impulsionar o esgoto até a rede principal.
• Rede em Terrenos Particulares: A Corsan prioriza a via pública e evita a passagem de redes por fundos de terrenos, mesmo com autorização, para prevenir litígios e altos custos futuros com indenizações.
• Aproveitamento de Redes: Loteamentos recentes com projetos de esgoto aprovados pela Corsan (como Vila Bela e Colinas Nova Marau) terão suas redes reaproveitadas, otimizando custos e minimizando transtornos.

 Estações de tratamento e elevatórias

• Estações de Tratamento (ETEs): Além do reaproveitamento da ETE do Vila Bella, será construída mais uma ETE de maior vazão, localizada próxima à Gruta do Rio Marau.
• Elevatórias: O projeto prevê a construção de 23 elevatórias (estações de bombeamento) para direcionar o esgoto coletado até as estações de tratamento.

Responsabilidades dos moradores: regras e prazos

A empresa alertou sobre as responsabilidades do proprietário após a conclusão das obras na rua:

Fiscalização e multas

A Corsan utilizará o sistema de fumacê para fiscalizar conexões irregulares. Ao jogar fumaça na rede, se ela sair pelo telhado, indica que a água da chuva está ligada ao esgoto, resultando em multas significativas para o infrator.

Tarifa e cobrança do serviço

• Base de Cálculo: A cobrança do esgoto será de 70% do valor do consumo de água medido (o valor fixo do serviço básico de água não entra no cálculo).
• Exemplo: Um consumo de água de R$ 100 resultará em uma tarifa de esgoto de R$ 70, somando R$ 170 (além da taxa fixa de água).
• Condomínios: O rateio será feito da mesma forma que o consumo de água, com medição centralizada para todo o condomínio.

Investimento em saneamento é investimento em saúde

O Gestor Aldomir Santi reforçou o impacto positivo do saneamento: "A cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 4,00 em despesas de saúde (remédios, consultas, internações)."

 Pedidos da administração municipal

A Prefeitura Municipal solicitou a inclusão do Loteamento Dalberto no projeto, bem como a utilização de um método não destrutivo (sonda subterrânea) no centro da cidade. Essa técnica evitará romper o asfalto longitudinalmente nas vias centrais para o assentamento da rede.