A indústria de laticínios São Luis, de Marau, passou a integrar a liderança de um projeto que reúne outras seis empresas do setor para a destinação adequada do soro de leite. O insumo será encaminhado à fábrica Whey do Brasil, instalada em Palmeira das Missões, cuja inauguração está marcada para o dia 13 de junho.
A iniciativa começou a se desenhar em 2021, quando sócios de sete indústrias de laticínios buscaram uma forma de aproveitar o soro usado na fabricação de queijos. Foi então que veio a ideia de produzir soro em pó e a proteína do soro do leite, composto comum no ramo fitness.
A antiga planta da marca Nestle, que tinha aproximadamente 3.300m² de área construída, foi adquirida e expandida para cerca de 25 mil m² de área construída, o que oportunizará a execução de atividades de grande monta, com um investimento de R$ 250 milhões, sendo oriundo parte dos sócios e parte do BNDES, Banrisul e Badesul.
Esteve na Vang FM na manhã desta quinta-feira (05/06) para contar sobre o assunto, o empresário Pércio Broco. Ele explicou sobre a nova empresa e produção inicial prevista: “A Whey do Brasil irá transformar o soro produzido em produtos derivados como os WPC’s (concentrado proteico de soro de leite). Numa primeira etapa produziremos com capacidade de 1 milhão e 200 mil litros de soro por dia, e numa segunda etapa, prevista para iniciar operações em maio ou junho de 2026, passar a produzir com capacidade para 2 milhões e meio de litros de soro por dia, o que equivale a cerca de 80 toneladas/dia do produto”.
Além da empresa marauense São Luís, também integram o conglomerada a Mandaká Alimentos (Nova Boa Vista e Rondinha), Laticínios Friolack (Chapada), Laticínios Frizzo (Planalto), Laticínios Kiformaggio (Nonoai), Doceoli (Santo Cristo) e a Laticínios Stefanello (Rodeio Bonito).
O parque fabril vai produzir marca própria e também private label (empresa contratada para produzir itens de outra marca). A ideia é atender o mercado nacional e também no exterior — a indústria está habilitada para exportação.
Iniciativa vai gerar 120 empregos
Até a inauguração, marcada para 13 de junho, a indústria funciona em fase de testes. Hoje 30 trabalhadores já foram contratados e, em 60 dias, deve chegar a 50. Na metade do ano que vem, quando todas as linhas de produção estiverem funcionando, serão 120 novos empregos.
A expectativa é que o investimento se pague em oito a 10 anos.