Principal 11/06/2025

Humorista Nego Di e sócio são condenados por estelionato em loja virtual

Ambos foram condenados à pena de 11 anos e oito meses de reclusão


O influenciador digital e humorista gaúcho, Nego Di, e o sócio dele, Anderson Bonetti, denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foram condenados pela Justiça nesta terça-feira (10), por estelionato praticado por meio de redes sociais envolvendo 16 fraudes eletrônicas em continuidade delitiva. A sentença foi proferida pela 2ª Vara Criminal de Canoas. Ambos foram condenados à pena de 11 anos e oito meses de reclusão, além da obrigação de reparar os danos causados às vítimas.

A promotora de Justiça Renata Pinto Lucena, que assina a denúncia, destacou que os crimes ocorreram por meio de uma loja virtual administrada pelos condenados, onde consumidores realizavam compras, mas não recebiam os produtos adquiridos. As fraudes foram praticadas de forma reiterada, com o uso da popularidade de um dos réus nas redes sociais para induzir número elevado de vítimas ao erro.

"A condenação dos réus é a resposta necessária e proporcional às condutas praticadas, em que as vítimas foram cooptadas por meio de redes sociais, devido à popularidade de um dos acusados e da simulação de venda de produtos a preços baixos", ressaltou a promotora. Um dos réus, o influenciador digital, que chegou a ser preso durante o processo, poderá recorrer em liberdade.

Defesa contesta condenação

A advogada de Nego Di, Camila Kersch, afirmou em nota que seu cliente nunca foi sócio de Bonetti nem participou da administração da loja. Segundo ela, Nego Di teve apenas sua imagem associada à plataforma e ressarciu de forma voluntária todas as vítimas que aceitaram acordo. A defesa também alegou parcialidade no processo, destacando que ambos os réus receberam penas idênticas, apesar de supostas condutas distintas.

Kersch ainda aponta que houve motivação política na decretação da prisão de Nego Di, que ocorreu quase um ano após o pedido da polícia e semanas depois de o humorista ter feito críticas públicas à gestão das enchentes e ao uso de doações via Pix pelo governo.

Já a defesa de Anderson Bonetti informou que irá recorrer da decisão, criticando a negativa de direito de recorrer em liberdade e alegando prejuízo na tentativa de ressarcir as vítimas, uma vez que Bonetti permanece impedido de trabalhar. (Com informações, Rádio Planalto).

Rifas digitais

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e do 1º Núcleo Regional do GAECO – Capital, denunciou no dia 5 de setembro do ano passado o mesmo influenciador e sua companheira. Ambos foram alvos de operação deflagrada pela instituição em 12 de julho, em Santa Catarina.

O promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, os denunciou pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além da contravenção penal de promoção de loteria na modalidade de rifas digitais. Segundo o promotor, na segunda-feira (09), se encerrou a fase de instrução processual com o interrogatório do réu (que responde por rifas, lavagem de dinheiro e estelionato) e da sua companheira (que responde só por lavagem de capitais). O caso agora, após alegações finais do MPRS e da defesa, será proferida a sentença.

Fonte: MPRS / Foto: Reprodução/Globo. 

Autor: Departamento de Jornalismo/Vang FM

Link da notícia: https://www.vangfm.com.br/noticia/humorista-nego-di-e-socio-sao-condenados-por-estelionato-em-loja-virtual/42809
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